Nova operação da Polícia Federal revela como o PT defendia o “patrimônio do povo”: avançando sua mão gatuna sobre a aposentadoria de milhões de trabalhadores
BRASÍLIA [ ABN NEWS ] — No começo era o mensalão, que a história converteu em mera “piada de salão”, como profetizara Delúbio Soares. Depois veio o petrolão, que arrasou a outrora maior empresa pública do país. Seu primo-irmão foi o eletrolão, com o curto-circuito que incinerou as estatais do setor de energia. Agora é a vez do “pensalão”, sorvendo a poupança que milhões de trabalhadores tinham depositada em fundos de pensão.
Assim pode ser resumida a saga de assalto do PT aos cofres públicos ao longo dos 13 anos e 8 meses de desgoverno comandado pelo partido. Não houve limite para a sanha dos partidários de Dilma e Lula, os mesmos que agora ocupam ruas para dizer que defendem o “patrimônio do povo” de “golpistas”. Curiosa noção esta gente tem das coisas.
Na operação deflagrada na segunda-feira (05/09) pela Polícia Federal, foram identificados desvios de R$ 8 bilhões em quatro dos principais fundos de pensão do país. Todos eram controlados pelo PT e pelo PMDB. Entre os sorvedouros do dinheiro dos trabalhadores nos fundos está o edifício onde Lula tem um tríplex à beira-mar.
A suspeita em relação aos maus negócios feitos por estas entidades, convertidas em braços do aparelho petista, haviam sido levantadas pelo PSDB, que há dois anos solicitou as investigações. O rombo pode ter chegado a R$ 50 bilhões.
Estima-se que 1,3 milhão de pessoas tenham sido lesadas. São trabalhadores, aposentados e pensionistas, gente que o PT bate no peito para falar que defende. Vê-se com clareza como… Gente que teve suas poupanças com vistas a uma aposentadoria mais tranquila dragada pelos gatunos petistas. Pessoas que hoje já perdem parte de seus salários para ter que cobrir os rombos criados pela roubalheira patrocinada pelo Partido dos Trabalhadores.
A atuação temerária dos fundos de pensão das maiores estatais, como Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios), já havia sido alvo de uma CPI na Câmara. Como resultado, os oito meses de investigações encontraram irregularidades que levaram à sugestão de 353 indiciamentos ao Ministério Público.
Em estudo recente, o Instituto Teotônio Vilela mostrou que a destruição dos fundos de pensão foi obra de longo prazo dos petistas. O déficit nas contas dessas organizações cresceu 16 vezes desde 2010. Em cinco anos, as entidades de previdência complementar acumularam rombo de R$ 153 bilhões. Metade deste valor deu-se apenas no ano passado.
As revelações da Operação Greenfield tornam ainda mais prementes as mudanças propostas em projeto de lei do Senado (n° 388/2015) de autoria do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), relatado pelo senador Aécio Neves. A proposição disciplina a escolha de diretores de fundos de pensão, reduzindo a influência política e impedindo que dirigentes partidários tomem assento no comando destas instituições. É hora de defender, de fato, o patrimônio do trabalhador.
(itv)