Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta Música e Dança no Fora de Série

Filarmônica de Minas Gerais dá início à série Fora de Série e explora a conexão entre a Música e a Dança

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais executa A Bela Adormecida de Tchaikovsky

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta A Bela Adormecida: Suíte, op. 66a, de Tchaikovsky.

 

BELO HORIZONTE [ ABN NEWS ] — No dia 9 de março, sábado, às 18h, na Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais abre a série Fora de Série, que neste ano irá explorar a conexão da música com outras manifestações humanas. Começando pela Dança, neste primeiro concerto da série a Orquestra vai revelar o lirismo e o drama de um dos balés mais conhecidos da história da música: A Bela Adormecida: Suíte, op. 66a, de Tchaikovsky, e a criação musical influenciada por raízes folclóricas e étnicas com as obras Rodeio: Quatro episódios de dança, de Copland, Danças Africanas, de Villa-Lobos, e Danças do balé Estância, op. 8a, de Ginastera. A regência é do maestro Marcos Arakaki.

Em 2019, a série Fora de Série, com nove concertos ao longo do ano, irá explorar a conexão da música com outras manifestações humanas como dança, teatro, cinema, fauna e flora, guerra e paz, mitologia, pintura, religiosidade e a literatura.

 

Repertório Música e Dança

Copland – Rodeio: Quatro Episódios de Dança

Escrita sob encomenda da coreógrafa Agnes De Mille, Rodeio fez sua estreia em 1942 com o Balé Russo de Monte Carlo, recém-chegado aos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. A história se passa no Velho Oeste e acompanha as aventuras de uma cowgirl interpretada por De Mille. Ao lado de Billy The Kid e Appalachian Spring, Rodeio posiciona Aaron Copland no rol definitivo da composição americana. A trilogia que o tirou do posto de “apenas mais um compositor do século XX” só foi possível após muita reflexão, como relatado no livro Aaron Copland: A Reader: “Eu comecei a sentir uma enorme insatisfação com a relação entre o público amante de música e o compositor. (…) O público convencional de concertos continuou apático ou indiferente a qualquer coisa que não fossem os clássicos já estabelecidos. Minha impressão era de que nós, compositores, corríamos o risco de cairmos num vácuo… Eu senti que valia a pena o esforço de tentar dizer o que eu tinha a dizer da forma mais simples possível”. Usando sua habilidade como um verdadeiro artesão das partituras, sem necessariamente lançar mão de rigor acadêmico, Copland soube incorporar em sua música o espírito das pessoas comuns.

 

Tchaikovsky – A Bela Adormecida: Suíte, op. 66a

“A bela adormecida é um balé que não pode ser criticado; só pode ser redescoberto”, escreveu a crítica Arlene Croce na revista New Yorker. Inicialmente encomendada por Ivan Vsevolozhsky, diretor do Teatro Imperial de São Petesburgo, em 1886, a proposta inicial era que Pyotr Ilyich Tchaikovsky escrevesse uma obra dedicada à figura mitológica de Ondina, porém o autor não conseguiu avançar no trabalho e adiou a entrega do manuscrito. Vsevolozhsky entregou a Tchaikovsky um folheto contendo o famoso conto de fadas La Belle au bois dormant, que despertou o imediato interesse do compositor. Influenciado pelas severas críticas recebidas em 1877 por sua criação anterior, O lago dos cisnes, e pela existência de uma primeira versão de Ondina, destruída pelo compositor, o mestre do romantismo russo buscava evitar os problemas enfrentados no passado. Para isso, manteve-se aberto a possíveis modificações e trabalhou em próxima colaboração com o coreógrafo Marius Petipa. Terminada às oito da noite de 26 de maio de 1889, A bela adormecida estreou em 15 de janeiro de 1890, obtendo críticas positivas do público e até um “muito bom” – ainda que seco – do Czar Alexander III. A obra é não somente a mais consistente dos três balés de Tchaikovsky, como também aquela que mais perfeitamente define a essência do balé clássico. Como delineou Arlene Croce, “A verdadeira magia de A bela adormecida, até mesmo para dançarinos, é criada pela partitura de Tchaikovsky. A partitura é o balé”.

 

Villa-Lobos – Danças Africanas

Convidado pelo escritor Graça Aranha para ser o representante da música brasileira durante a Semana de Arte Moderna de 1922, Heitor Villa-Lobos executou, entre outros trabalhos, uma versão especial de Danças características africanas para oito instrumentos. Composta originalmente para piano entre 1914 e 1915, a obra foi o destaque das três apresentações na Semana. Acostumado às reações negativas vindas de críticos desde a década anterior, Villa-Lobos entendia a necessidade do Modernismo brasileiro de romper com as tradições românticas europeias e, ao mesmo tempo, de legitimar um vocabulário essencialmente brasileiro. Danças Africanas é a epítome dos experimentos em ritmo e harmonia característicos do compositor, existentes mesmo anos antes da Semana de 22. Já bastante conhecido no meio musical, Villa-Lobos consolidou a partir daquele ano o posto de uma das mais criativas figuras da música brasileira do século XX, o que o levaria, no ano seguinte, a embarcar para a Europa.

 

Ginastera – Danças do Balé Estância, op. 8a

Alberto Ginastera, que sempre nutriu uma admiração especial pelo campo, resolveu inspirar seu balé Estância no poema de José Hernández, El Gaucho Martín Fierro, publicado em 1872. A obra de Hernández é ainda hoje considerada por muitos como “o livro nacional dos argentinos”. O balé, encomendado pelo coreógrafo Lincoln Kirstein em 1940, descreve o ciclo de um dia inteiro passado numa estância, numa estrutura amanhecer-dia-tarde-noite-amanhecer. A companhia de Kirstein se dissolveu antes que o balé fosse montado, fazendo com que Ginastera então optasse por reunir em uma suíte para orquestra quatro das mais expressivas seções da obra original. A suíte Estância conta com três movimentos extraídos da segunda cena do balé, La mañana, e com um movimento final isolado de El amanhecer, quinta e última cena do balé. De estilo stravinskiano, Los trabajadores agrícolas sugere o esforço dos trabalhadores na colheita do trigo. A Danza del trigo evoca o cenário bucólico de uma estância pela manhã. Los peones de hacienda é inspirado na figura do vaqueiro. E a Danza final retrata o começo de um novo dia através da estilização do tradicional malambo, dança masculina argentina na qual o dançarino executa uma série de movimentos com os pés e que, no século XIX, era tida como a principal forma de um gaúcho demonstrar destreza e vigor.

 

Orquestra Filarmônica

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, considerada uma das principais orquestras do país, tem como o seu principal mantenedor o Governo de Minas Gerais, além de contar com a renda de bilheteria e de patrocínio da iniciativa privada.

Criada em 2008, nos últimos 11 anos ultrapassou à marca de um milhão de pessoas em suas apresentações, seja na Sala Minas Gerais, em outros palcos ou em concertos ao ar livre. Em seu site oferece ao público conteúdos gratuitos sobre o universo orquestral.

Sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a orquestra conta com 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central e do Norte e Oceania, selecionados em audições públicas.

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais recebeu a principal condecoração pública nacional da área da cultura, a Ordem do Mérito Cultural 2018, concedida pelo Ministério da Cultura. Também foi agraciada com a Ordem de Rio Branco, insígnia diplomática brasileira.

 

Maestro Marcos Arakaki

Marcos Arakaki é regente associado da Filarmônica de Minas Gerais e colabora com a Orquestra desde 2011, com destacada atuação nos concertos para formação de público.

Marcos Arakaki teve seu talento reconhecido a partir de 2001, quando venceu o I Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes, promovido pela Orquestra Petrobras Sinfônica. Desde então, tem dirigido as principais orquestras brasileiras, além da Filarmônica de Buenos Aires, de Karkhiv na Ucrânia, a Boshlav Martinu na República Tcheca, a Sinfônica de Xalapa e da Universidade Autônoma do México. Concluiu bacharelado em Música pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e mestrado em Regência Orquestral pela University of Massachusetts. No Aspen Music Festival and School, Estados Unidos, recebeu orientações de David Zinman, Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner. Atuou como regente titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba e assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Como regente titular, promoveu uma elogiada reestruturação na Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. Recebeu o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido pelo Festival Internacional de Campos do Jordão, e gravou com a OSB a trilha do filme Nosso Lar, composta por Philip Glass.

Arakaki tem acompanhado importantes artistas, tais como Gabriela Montero, Sergio Tiempo, Anna Vinnitiskaya, Sofya Gulyak, Ricardo Castro, Pinchas Zukerman, Rachel Barton Pine, Chloë Hanslip, Luíz Fílip, Victor Julien-Laferrière, Günter Klaus, Eddie Daniels, David Gérrier e Yamandu Costa.

Desenvolve atividades como coordenador pedagógico, professor e palestrante em projetos culturais, universidades e conservatórios. É autor do livro A História da Música Clássica Através da Linha do Tempo, lançado em 2019. Professor visitante da Universidade Federal da Paraíba por dois anos, contribuiu para a consolidação da recém-criada Orquestra Sinfônica da UFPB.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Criada em 2008, desde então a Filarmônica de Minas Gerais se apresenta regularmente em Belo Horizonte. Em sua sede, a Sala Minas Gerais, realiza 57 concertos de assinatura e 12 projetos especiais. Apresentações em locais abertos acontecem nas turnês estaduais e nas praças da região metropolitana da capital. Em viagens para fora do estado, a Filarmônica leva o nome de Minas ao circuito da música sinfônica. Através do seu site, oferece ao público diversos conteúdos gratuitos sobre o universo orquestral. O impacto desse projeto artístico, não só no meio cultural, mas também no comércio e na prestação de serviços, gera em torno de 5 mil oportunidades de trabalho direto e indireto a cada ano. Sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra conta, atualmente, com 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central e do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Reconhecida com diversos prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, ao encerrar seus 10 primeiros anos de história, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais recebeu a principal condecoração pública nacional da área da cultura. Trata-se da Ordem do Mérito Cultural 2018, concedida pelo Ministério da Cultura, a partir de indicações de diversos setores, a realizadores de trabalhos culturais importantes nas áreas de inclusão social, artes, audiovisual e educação. A Orquestra foi agraciada, ainda, com a Ordem de Rio Branco, insígnia diplomática brasileira cujo objetivo é distinguir aqueles cujas ações contribuam para o engrandecimento do país.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Com a finalidade de criar a nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com os títulos de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e de Organização Social (OS), um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados.

 

Serviço:

Concerto Fora de Série – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Regente: Marcos Arakaki

 

Programa do Concerto:

Aaron Copland (Estados Unidos 1900 – 1990): Rodeio: Quatro episódios de dança
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Rússia 1840 – 1893): A Bela Adormecida: Suíte, op. 66a
Heitor Villa-Lobos (Brasil, 1887 – 1959): Danças Africanas
Alberto Ginastera (Argentina, 1916 – 1983): Danças do balé Estância, op. 8a

 

Data: 9 de março de 2019, às 18h

Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo nº 1090, Barro Preto – Belo Horizonte MG

Informações para o público: (31) 3219-9000

Ingressos: R$ 46 (Coro),R$ 52 (Balcão Palco), R$ 52 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Lateral), R$ 96 (Plateia Central) e R$ 120 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Ingressos comprados na bilheteria não têm taxa de conveniência.

Informações: (31) 3219-9000

 

Bilheteria

Funcionamento da bilheteria na Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo nº 1090 – Bairro Barro Preto
De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais e conta com o Patrocínio da Aliança Energia e do Banco Votorantim por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Site da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais